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sexta-feira, 14 de abril de 2023

Caridade - Confia e serve

 Ainda que tudo te pareça perdido, confia e serve.

 A esperança é caminho para o triunfo.

Aprendamos com a Bondade Divina que, diariamente, reforma esse ou aquele crédito em nosso favor.

Se Deus acredita em nós por que desesperarmo-nos uns dos outros.

Lembra-te de que Jesus, o Anjo da Fé por excelência, jamais esmoreceu, à frente da luta.

Perseguido, não recorreu à autoridade humana para justiçar-se; esquecido, não censurou os amigos timoratos; e insultado, não rogou do Céu castigo e reprimendas para quantos lhe flagelavam o coração...

Despediu-se da turba delinquente com a flama do perdão e, embora expulso da comunidade familiar pelos braços da cruz, voltou espontaneamente ao convívio dos mesmos companheiros que O haviam abandonado para investi-los no ministério da redenção.

Se te propões à obra da caridade genuína, não te dês tempo para anotar a alheia incompreensão.

Segue para adiante, entendendo e servindo, na certeza de que o sol levanta novo dia, depois de cada noite, aprendendo com o Cristo que a vitória do amor depende da nossa disposição de começar e recomeçar.               
            Emmanuel

Emmanuel, – Livro: Abençoa sempre E. D., Confia e serve, (Chico Xavier)

Caridade - Modelo celeste

 Atila, meu filho.

Deus te ilumine.

Mediunidade é espelho vivo da alma para refletir a luz divina.

É diamante do espírito destinado a fixar os raios celestes.

Por vezes, o espelho jaz sob as trevas, incapaz de exibir a face cristalina.

Em muitas ocasiões, o brilhante dorme nos seixos da serra, esperando os atritos da evolução e a passagem do tempo, a fim de surgir, sublime e belo, a pleno sol.

A experiência terrestre é processo de limpeza e burilamento.

A instrumentalidade humana caminha para o ministério da angelitude.

Não te aflijas, assim, se a iluminação parece tardia.

A sede de luz no viajor que ainda atravessa as regiões da sombra é fatalidade.

Os filhos da noite gozam a tranquilidade aparente dos ângulos obscuros do Universo, como os batráquios se rejubilam na paz ilusória do charco.

Dia virá, contudo, em que a caridade vitoriosa expulsará a escuridão das furnas, como chegará um momento em que o monte curará as feridas barrentas do solo.

A consciência que recebeu o silencioso convite à ascensão, entretanto, nunca se contentará com a fantasia.

Regozija-te, assim, com o serviço de iluminação a que foste conduzido.

O sofrimento interior, incompreensível e inacessível aos mais amados no mundo, é arado do Senhor, na terra do coração.

E bem sabes que a semente, em germinando sem preparo do meio, é quase sempre sufocada pela resistência da crosta planetária ou exterminada por vermes cruéis, inevitáveis na leira que o zelo não visita.

Guarda a tua perseverança no bem, nos alicerces da serenidade, antes de tudo.

Os mensageiros da paz não prescindem da calma e porque os emissários do amor somente poderão ser entendidos pelos que amam, não desprezes a ciência de perdoar e amparar sempre.

A estrada é longa.

Os problemas são imensos.

O objetivo é supremo.

Enche-te de fortaleza para marchar.

Penetra a escola do conhecimento para solucionar as questões redentoras.

Reveste-se de paciência para atingirmos a meta.

De alma desperta, agora, no santuário da fé, mantém acesa a lâmpada viva da prece para que a sintonia com o Plano Superior te favoreça com o esclarecimento mais amplo, nos instantes difíceis.

A oração é o único sistema de intercâmbio positivo entre os servos e o Senhor, através das linhas hierárquicas do reino Eterno.

Lembra-te de que cada dia tem o seu trabalho e não te esqueças de que nos encontramos ainda longe do êxtase santificador, ante o altar das revelações imperecíveis.

Até lá, sofre na purificação, aprende na luta edificante e serve a todos indistintamente para que outros te sirvam, junto às fontes gloriosas do suprimento espiritual.

E convence-te, meu filho, de que o nosso progresso efetivo somente é medido pela nossa capacidade de refletir a Vontade, o Amor e a Sabedoria do Pai Celestial, onde estivermos. Todos os patrimônios da matéria, ainda mesmo em nos referindo à substância sublimada, são suscetíveis de transformação nos variados e infinitos planos do Ilimitado.

Só a herança divina torna divinos os herdeiros do Universo.

Nas forças vivas da Criação, somos cooperadores da Inteligência Suprema.

Dignifica a hora, pelo serviço no bem, para que o século te engrandeça.

Soldados de Cristo, não esmoreçamos na batalha pela vitória do superior nos círculos de nossa personalidade.

Aperfeiçoemo-nos, de raciocínio e sentimentos voltados para Ele, o Modelo Celeste.

Edifiquemos em nós o Templo da Humanidade a fim de que Ele nos confie o Altar Divino. E, de espírito centralizado no Imortal Amor, trabalha e confia em nós, amparado pela certeza de que o Divino Mestre permanecerá conosco até o fim.

(página recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em Leopoldina, Minas, na noite de 1º de julho de 1947, no Centro Espírita “Amor ao Próximo”, destinada ao amigo Atila)                        Agostinho

Agostinho, E.D., Livro: Abençoa sempre, Modelo Celeste, (Chico Xavier)



Caridade - Oração por dinheiro

 Senhor!

No concerto das forças que te desejam honrar, eu também sou teu servo.

Por me atribuíres o dever de premiar o suor e sustentar o bem, como recurso neutro da aquisição, ando, entre as criaturas, frequentemente, em regime de cativeiro.

Muitas delas me escravizam para que eu lhes compre ilusões e mentiras, prazeres e consciências.

Noto com ais nitidez minha própria tarefa, cada vez que escuto alguém chorar no caminho, entretanto, quase sempre, estou preso...

Que fiz eu, Senhor, para viver encarcerado no sombrio recinto do cofre, como se eu fora um cadáver importante no esquife trancado da inércia?

Ensina aos que me guardam sem proveito que sou o sangue do trabalho e do progresso, da caridade e da cultura e ajuda-os para que me libertem.

Quase todos eles procuram estar contigo, através da oração, nos templos que abraçam.

Dize-lhes na prece que sou a esperança do lar sem lume... Fala-lhes que posso ser o conforto das mães esquecidas, o arrimo dos companheiros caídos em provação, o leite devido aos pequeninos de estômago atormentado, o remédio ao enfermo e o lençol generoso e limpo dos que se avizinham do túmulo".

Um dia, alguém te apresentou moeda humilde, empenhado ao imposto público para que algo dissesses e recomendastes fosse dado a Cesar o que é de Cesar.

Muitos, porém, não perceberam que te reportavas ao tributo e não a mim e, julgando que a tua palavra me condenasse, lançaram-me ao desprezo...

Não ignoras, contudo, que nasci para fazer o melhor e esteja eu vestido de ouro ou de simples papel, sabes, Senhor, que eu também sou de Deus.                                                                  Meimei

Meimei, E.D., Livro: Abençoa sempre, Oração por dinheiro, (Chico Xavier)


Caridade - Irmãos em perigo

Os que pretendem transformar o próximo, de um dia para outro, a golpes verbais.

Os que descobrem pareceres inteligentes e bons conselhos para todas as pessoas, distraídos dos problemas que lhes são próprios.

Os que colocam a mente em outro mundo, de maneira absoluta, sem atender aos deveres do mundo em que respiram.

Os que permanecem incessantemente preocupados em se defenderem.

Os que fazem dez projetos maravilhosos por dia sem concretizar nenhum deles em dez anos.

Os que reconhecem a grandeza das verdades divinas, mas que jamais dispõem de tempo para cultivá-las, em favor da própria iluminação.

Os que adiam indefinidamente para amanhã o serviço da compreensão e do amor ao próximo.

Os que se sentem senhores exclusivos de todos os trabalhos no campo da caridade, sem distribuir oportunidades de serviço aos outros.

Os que declaram perdoar a ofensa, mas que nunca conseguem esquecer o mal.

Os que encontram ensejo de se entediarem da vida.

            André Luiz

André Luiz – Livro: Agenda Cristã, Irmãos em perigo, (Chico Xavier)

Caridade - Problemas pessoais

A fé viva não é patrimônio transferível. É conquista pessoal.

A felicidade legítima não é mercadoria que se empresta. É realização íntima.

A graça do Céu não desce a esmo. Tem que ser merecida.

A melhor caridade não é a que se faz por substitutos. Cabe-nos executá-la por nós mesmos.

A fortaleza moral não é produto de rogos alheios. Provém do nosso esforço na resistência para o bem.

A esperança fiel não se nos fixa no coração através de simples contágio. É fruto de compreensão mais alta.

O verdadeiro amor não nasce das sombras do desejo. É fonte cristalina e inexaurível do espírito eterno.

O conhecimento real não é construção de alguns dias. É obra do tempo.

O paraíso jamais será adquirido pela sagacidade da compra. É atingível pela nossa boa vontade em fugir ao purgatório ou ao inferno da própria consciência.

A proteção da Esfera Superior é inegável para todos nós que ainda nos movimentamos na sombra. Ai de nós, todavia, se não procurarmos as bênçãos da luz!...
            André Luiz

André Luiz – Livro: Agenda Cristã, Problemas Pessoais, (Chico Xavier)

Caridade - Caridade do dever

De quando a quando, troquemos os grandes conceitos da caridade pelos atos miúdos que lhe confirmem a existência.

Não apenas os fatos de elevado alcance e os gestos heroicos dignos da imprensa.

Beneficência no cotidiano.

Não empurrar os outros na condução coletiva.

Evitar os serviços de última hora, nas instituições de qualquer espécie, aliviando companheiros que precisam do ônibus em horário certo para o retorno à família.

Reprimir o impulso de irritação e falar normalmente com as pessoas que nada têm a ver com os nossos problemas.

Aturar sem tiques de impaciência a conversação do amigo que ainda não aprendeu a sintetizar.

Ouvir, qual se fosse pela primeira vez, um caso recontado pelo vizinho em lapso de memória.

Poupar o trabalho de auxiliares e cooperadores, organizando anotações prévias de encomendas e tarefas por fazer, para que não se convertam em andarilhos por nossa conta.

Desistir de reclamações, descabidas diante de colaboradores que não têm culpa das questões que nos induzem à pressa, nas organizações de cujo apoio necessitamos.

Pagar sem delonga o motorista ou a lavadeira, o armazém ou a farmácia que nos resolvem as necessidades, sem a menor obrigação de nos prestarem auxílio.

Respeitar o direito do próximo sem exigir de ninguém virtudes que não possuímos ou benefícios que não fazemos.

Todos pregamos reformas salvadoras.

Guardemos bastante prudência para não nos fixarmos inutilmente nos dísticos de fachada.

Edificação social, no fundo, é caridade e caridade vem de dentro.

Façamos uns aos outros a caridade de cumprir o próprio dever.
             André Luiz

André Luiz – Livro: Apostila da vida, Caridade do dever (Chico Xavier)


Caridade - Comecemos de nós mesmos

Ensina a caridade, dando aos outros algo de ti mesmo, em forma de trabalho e carinho e aqueles que te seguem os passos virão ao teu encontro oferecendo ao bem quanto possuem.

Difunde a humildade, buscando a Vontade Divina com esquecimento de teus caprichos humanos e os companheiros de ideal, fortalecidos por teu exemplo, olvidarão a si mesmos, calando as manifestações de vaidade e de orgulho.

Propaga a fé, suportando os revezes de teu próprio caminho, com valor moral e fortaleza

 infatigável e quem te observar crescerá em otimismo e confiança.

Semeia a paciência, tolerando construtivamente os que se fazem instrumentos de tua dor no mundo, auxiliando sem desânimo e aparando sem reclamar, e os irmãos que te buscam mobilizarão os impulsos de revolta que os fustigam, na luta de cada dia, transformando-a em serena compreensão.

Planta a bondade, cultivando com todos a tolerância e a gentileza e os teus associados de ideal encontrarão contigo a necessária inspiração para o esforço de extinção da maldade.

Estende as noções do serviço e da responsabilidade, agindo incessantemente na religião do dever cumprido e os amigos do teu círculo pessoal envergonhar-se-ão da ociosidade.


As boas obras começam de nós mesmos.

Educaremos, educando-nos.

Não faremos a renovação da paisagem de nossa vida, sem renovar-nos.

Somos arquitetos de nossa própria estrada e seremos conhecidos pela influência que projetamos naqueles que nos cercam.

Que o Espírito de Cristo nos infunda a decisão de realizar o autoaprimoramento, para que nos façamos intérpretes do Espírito do Cristo.

A caridade que salvará o mundo há de regenerar-nos primeiramente.

Sigamos ao encontro do Mestre, amando, aprendendo e servindo e o Mestre, hoje ou amanhã, virá ao nosso encontro, premiando-nos a perseverança com a luz da ressurreição.

            André Luiz

André Luiz – Livro: Apostila da vida, Comecemos de nós mesmos (Chico Xavier)


Caridade - O bem aventurado

Na paisagem invadida de sombras, a multidão sofria e lutava por encontrar uma porta libertadora.

Na movimentação dos infelizes, surgiam conflitos e padecimentos, incompreensões e entraves que somente serviam para acentuar a penúria e o medo, as aflições e as feridas reinantes no caminho.

Alguns beneméritos aparecem com o objetivo de solucionar o enigma da região.

Culto orientador intelectual elevou-se à grande tribuna, envolvida igualmente de trevas, e procurou instruir e consolar a compacta fileira de sofredores, conquistando o respeito geral; contudo, nem todos lhe compreenderam, as palavras e áridas discussões se fizeram no vale da espessa neblina.

Veio um grande benfeitor e, compadecido, distribuiu vasta provisão de alimento e agasalho aos famintos e aos nus, merecendo o aplauso de muitos; entretanto, achava-se limitado às possibilidades individuais e não pode atender a todos, perseverando o império da dor no círculo popular.

Surgiu um médico e dispôs-se a curar os corpos doentes e amparou a comunidade, quando lhe foi possível, recebendo expressivo reconhecimento público; mas não conseguiu satisfazer a exigência total do extenso domínio de sombras, mantendo-se o vale na antiga situação de expectativa e discórdia.

Apareceu um filósofo e aconselhou regras especiais de meditação, atraindo o carinho e a gratidão dos pesquisadores intelectualizados; no entanto, era incapaz de resolver todos os problemas e a paisagem prosseguiu dolorosa e escura.

Mas, surgiu um homem de boa vontade que, depois de recolher bênçãos e valores, no serviço aos semelhantes, acendeu uma luz no próprio coração.

Maravilhoso milagre surpreendeu o vale inteiro.

Nem mais contendas, nem mais reclamações.

Precipitou-se a multidão para a claridade daquele que soubera transformar-se em lâmpada viva e brilhante, descortinando a estrada libertadora.

Tal benfeitor correspondia à exigência de todos e solucionara o problema geral.

E, por bem-aventurado, avançou para frente, com o poder de guiar e auxiliar, por haver improvisado em si mesmo o poder silencioso de amar e servir.

Não duvidemos, em nossas dificuldades, de aprender e ensinar, recebendo as luzes do Alto e distribuindo-as no grande vale da luta humana.

Todos os títulos de fraternidade e benemerência são veneráveis, mas, o coração que se uma ao Cristo e se converte em luz para todos os companheiros da romagem terrestre e, sem contestação, o autor feliz da caridade maior.
            André Luiz

André Luiz – Livro: Apostila da vida, O bem-aventurado (Chico Xavier)

quinta-feira, 13 de abril de 2023

Caridade - Tudo é amor

Observa, amigo, em como do amor tudo provém e no amor tudo se resume.

Vida – é o Amor existencial.

Razão – é o Amor que pondera.

Estudo – é o Amor que analisa.

Ciência – é o Amor que investiga.

Filosofia – é o Amor que pensa.

Religião – é o Amor que busca Deus.

Verdade – é o Amor que se eterniza.

Ideal – é o Amor que se eleva.

– é o Amor que se transcende.

Esperança – é o Amor que sonha.

Caridade – é o Amor que auxilia.

Fraternidade – é o Amor que se expande.

Sacrifício – é o Amor que se esforça.

Renúncia – é o Amor que se depura.

Simpatia – é o Amor que sorri.

Altruísmo – é o Amor que se engrandece.

Trabalho – é o Amor que constrói.

Indiferença – é o Amor que se esconde.

Desespero – é o Amor que se desgoverna.

Paixão – é o Amor que se desequilibra.

Ciúme – é o Amor que se desvaira.

Egoísmo – é o Amor que se animaliza.

Orgulho – é o Amor que se enlouquece.

Sensualismo – é o Amor que se envenena.

Vaidade – é o Amor que se embriaga.

Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente.

Tudo é Amor.

Não deixes de amar nobremente.

Respeita, no entanto, a pergunta que te faz, a cada instante, a Lei Divina: “COMO?”.

         André Luiz

André Luiz – Livro: Apostila da vida, Tudo é amor (Chico Xavier)



Caridade - A caridade mais urgente

 Outro dia um amigo me confidenciou: – Sabe, Wellington, habituamo-nos, eu, meus filhos e esposa, a praticar o Evangelho no Lar. Reunimo-nos...